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quarta-feira, 15 de julho de 2009

GOVERNO ESTADUAL GOVERNA PARA MINORIAS EM DETRIMENTO DA MAIORIA

Por Geraldo Elísio

“Que braseiro, que fornalha / nem um pé de plantação...” – “Asa Branca” – de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

Em Minas Gerais há absoluta fartura, “farta”, entre outros serviços, educação de boa qualidade, saúde, segurança pública, empregos e salários condignos - tudo isto é peça de ficção, excetuada a publicidade oficial que alardeia “as maravilhas” do governo Aécio Neves.

Mas os deputados estaduais, ressalvadas as exceções, não perdem tempo quando se trata de seus interesses pessoais. Está sendo gestado na Assembleia mineira um Código Florestal a partir de uma decisão consensual relatada pelo deputado Fábio Avelar, que tramita na Comissão de Meio Ambiente.

Entretanto, fonte ligada a este repórter informa que o secretário da Casa Civil do Governo de Minas, Danilo de Castro, convocou em palácio os deputados doutor Viana, Gustavo Valadares, Antônio Júlio, Jairo Lessa e Juarez Távora.

Resultado: “O projeto foi alterado para beneficiar grupos econômicos ligados ao transporte de carvão.”

Ou seja, tais grupos arcam com o pagamento do transporte do carvão vegetal utilizado em empresas geralmente terceiro mundistas ou dispondo de métodos deste tipo, despendendo anualmente valores da ordem de R$ 20 milhões. Com os cumprimentos dos deputados doutor Viana, Gustavo Valadares, Antônio Júlio, Jairo Lessa e Juarez Távora, atendendo ao secretário Danilo de Castro, estes R$ 20 milhões passarão a ser de responsabilidade do Estado. O povo irá sentir o aumento da carga tributária.

Quer dizer, além de contribuírem para a devastação da natureza, infringindo a ecologia – Minas é um dos maiores produtores de carvão vegetal do Brasil, desfigurando principalmente o “Grande Sertão Veredas” de Guimarães Rosa – o grupo de parlamentares, em detrimento da educação, saúde, segurança pública, melhores salários para o funcionalismo e outros assuntos mais importantes brinda o povo com o dever de pagar o transporte de carvão dos grupos econômicos interessados.

A “coincidência” é que na relação de financiadores de campanhas eleitorais dos parlamentares estaduais de Minas, à disposição do público no site do TRE, para nos fixarmos apenas em dois exemplos, aparecem a Anglogold Ashanti Mineração Ltda., Caemi Mineração e Metalurgia S/A, Celulose Nipo Brasileira S/A – CENIBRA – Gerdau Aços Longos S/A, Planta S/A, e V&M do Brasil S/A que beneficiam o deputado José Alves Viana; e Belgo Siderúrgica S/A, Calsete Siderúrgica Ltda., Celulose Nipo-Brasileira S/A – CENIBRA - e Rima Industrial S/A, a beneficiar o candidato Gustavo Valadares. Ambos, doutor Viana e Valadares, pertencem à bancada dos “demos”. Tais grupos não deixam de ter interesse no transporte de carvão.

Em Minas, diante do silêncio imposto pela censura implícita que dizem ser de responsabilidade da senhora Andrea Neves, tudo pode acontecer. Inclusive as pessoas desconhecerem a existência da Internet, sem que os políticos percebam que estão sendo atropelados pela tecnologia e que nada mais debaixo do sol fica escondido. Antes já era assim. Mas, agora, quando o castigo não anda mais a cavalo e sim vem por email... Mudou a velocidade da informação e diante de um micro-computador, Orkut ou twitter, toda censura perde sua função.

Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.

gelisio@novojornal.com
fonte: http://www.novojornal.com/

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